terça-feira, 29 de novembro de 2016

Apresentação


Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Campus Rondonópolis
Coordenação: Alice Lino Lecci


PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO


A presente pesquisa investiga a representação da identidade negra no cinema brasileiro, com o propósito de discutir a educação/formação dos sentimentos do observador, na transformação de um imaginário racista para um não racista, mediante a fruição de certas obras. Para tanto, mobiliza-se conceitos da Estética de Immanuel Kant, Susanne Langer, Vilém Flusser e Herbert Marcuse, que passam a operar na crítica ao Cinema Negro. Pretende-se, portanto, elencar uma filmografia que compreenda, em alguma medida, aspectos da ancestralidade africana, da cultura afrodescendente, das condições nas quais se dá a escravidão, a abolição da escravatura e o desenrolar da experiência do negro na sociedade brasileira contemporânea.
Sabe-se que o estereótipo do negro veiculado na mídia e no cinema favorecem o cultivo do preconceito no imaginário da sociedade. Segundo Munanga, tanto a definição de identidade negra quanto a de negritude referem-se evidentemente à ordem biológica, mas também à ocorrência desumana das tentativas de aniquilar a cultura africana ou mesmo no fato de considerá-las inexistentes. A conscientização da “negritude” provém da aceitação dos atributos físicos e visa atingir as esferas mentais e morais. Significa, portanto, uma reconstrução positiva da identidade negra, não mais compreendida como um objeto ou mesmo passiva.



[1] MUNANGA, Kabenguele. Negritude: usos e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

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